Por Assessoria
A Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) aprovou, nesta quarta-feira (3), a criação da Comissão Especial de Defesa dos Direitos da Mulher, proposta pelo deputado estadual Gilberto Cattani (PL). O objetivo é analisar, debater e propor medidas de proteção, valorização e defesa das mulheres em todo o estado, com foco na redução dos casos de feminicídio, que vêm crescendo de forma alarmante.
Cattani justificou a iniciativa diante do cenário de violência: em 2023, Mato Grosso registrou 46 feminicídios, a maior taxa do país, com 2,5 casos por 100 mil mulheres. Em 2024, foram 47 mortes confirmadas e, até agosto de 2025, já são 36 registros — um aumento de 37% em relação ao mesmo período do ano passado.
Conforme o requerimento aprovado, a Comissão Especial terá caráter emergencial e dedicado, atuando no mapeamento detalhado dos feminicídios, na mobilização de órgãos públicos e da sociedade civil, na formulação de políticas preventivas e na criação de protocolos mais ágeis para medidas protetivas e acolhimento das vítimas.
O feminicídio é um crime anunciável e precisamos agir com urgência”, destacou Cattani, que em 2024 perdeu a filha, a produtora de queijos Raquel Cattani, vítima desse tipo de violência.
Ao final dos trabalhos, o colegiado deverá apresentar relatório com recomendações e projetos de lei voltados ao enfrentamento do crime em Mato Grosso.
